Francisco Rodrigues dos Santos acusa aquela que é a ala liberal do partido democrata-cristão de iniciar uma crise interna, alegando para o oportunismo político gerado por Adolfo Mesquita Nunes que alega ‘querer salvar o CDS’.
O que Chicão não reconhece tão bem é qual a origem para uma guerra interna se ter aberto, nem tão pouco admite as últimas sondagens que colocam o partido à beira da extinção com apenas 0,3% do eleitorado (Aximage para o DN/JN/TSF). São diversos os exemplos que podem ser citados para expor as brechas internas do partido que mais parece uma estrada de 2 destinos designados Iniciativa Liberal e Chega.
E o ponto é esse mesmo, por muito que Francisco R. Santos tenha falhado no último ano, o pior dos erros é nem perceber a situação atual do partido que ainda gere, ocultada por umas ‘presidenciais ganhas’ (sem candidato e com 12% dos eleitores a caírem sobre a extrema direita), por uma coligação nos Açores (com – 3 deputados), por um acordo pré-eleitoral para as autárquicas (desconfio quem nem esse pré-acordo os salve…), por sondagens em que não acredita, ou simplesmente pela falta de ligação dos portugueses ao conservadorismo que hipoteticamente só já colocam a cruz por puro clubismo partidário.
O que FRS também pareceu não alcançar é que a verdadeira possibilidade do CDS tomar outro rumo (sem populismos ou extremismos) era rejuvenescer com políticas económicas de natureza mais liberais, agarrando essa franja que a IL tenta ocupar sem grande estrutura ou pouca notoriedade fora da sua bolha em Lisboa, e não através do clássico CDS, que em tempos foi de importância extrema para a nossa democracia, mas que atualmente ocupa um lugar nos cuidados intensivos.
E se o candidato Adolfo Mesquita Nunes, com uma popularidade e notoriedade reconhecidas pela direita, apareceu de forma surpreendente com o intuito de reavivar os democratas cristãos, o desfecho do Congresso Nacional apenas tornou a guerra interna mais notória. Caso para dizer que com uma a Moção de Confiança dada ao atual líder de 54,4%, impossível será uma Moção de Confiança dos portugueses no CDS-PP.
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